Geociências e Educação Ambiental
Diogo Jorge de Melo; Vinicius de Moraes Monção & Silvilene Barros Ribeiro Morais
O trabalho consiste de uma proposta prática, que primordialmente foi implantada em atividades educativas do Museu de Ciências da Terra do Departamento Nacional da Produção Mineral (Rio de Janeiro, RJ), que atendeu turmas de escolares de primeira a quarta série e uma turma do Programa de Educação de Jovens e Adultos (PEJA). Posteriormente, esta atividade foi introduzida em aulas de nível superior na Universidade Severino Sombra (Vassouras, RJ), na disciplina de “Geologia e Paleontologia” do curso de licenciatura e bacharelado em Ciências Biológicas e na disciplina de “Geologia” do curso de Engenharia Ambiental. A atividade consiste em uma seleção de imagens da internet, que são apresentadas aos alunos por meio de uma projeção, abordando questões que relacionam a Educação Ambientais e Patrimonial com as Geociências, como poluição atmosférica e os resíduos sólidos, no qual o petróleo e um dos grandes vilões. Também são abordadas questões como o desmatamento, as queimadas e o tempo geológico e histórico, com suas relações com as mudanças ambientais. Também foram colocadas imagens que levam a reflexão como “O Pensador” de Rodin, com o objetivo de buscar a integração de todas as informações imagéticas apresentadas. A dinâmica consiste em apresentar as imagens e pedir para que os alunos escrevam uma frase por imagem, relacionando os seus sentimentos e/ou impressões causadas por ela. Depois da conclusão dessa primeira etapa, as imagens são apresentadas novamente, junto com as frases criadas e o mediador da atividade coloca suas indagações. Esta atividade tanto no espaço forma e não formal foi bem assimilada por todos os participantes e demonstrou ser bastante eficaz nas disciplinas de nível superior, pois coloca a Educação Ambiental e Patrimonial com tema transversal, demonstrando que as relações entre Homem e o Meio Ambiente, podem ser benéficas como a escultura de Rodin, ou altamente negativas como o acumulo de sacos plásticos em um lixão.
História Evolutiva da Mata Atlântica e sua importância para a consolidação da Educação Ambiental na região Sudeste do Brasil
Diogo Jorge de Melo; Andréa Simon Oliveira de Souza; Júlia Castro Guimarães & Fabiana dos Santos Fernandes
O projeto de pesquisa “História Evolutiva da Mata Atlântica”, esta sendo realizado pelo Laboratório de Paleontologia da Universidade Severino Sombra (PaleUSS). Este projeto busca levantar dados sobre como ocorreu a história evolutiva do bioma Mata Atlântica, embasando-se principalmente nos jazigos fossilíferos da região sudeste do Brasil como as bacias sedimentares de São José de Itaboraí, Fonseca, Guandarela, Aiuruoca, Resende, Volta Redonda e Taubaté, além de diversos depósitos sedimentares do pleistoceno. O projeto também busca informações na literatura de Geologia, Botânica, Zoologia e Arqueologia. O projeto também busca produzir materiais de divulgação científica, que trabalhe como os conceitos da Educação Ambiental e da Educação Patrimonial, pois o projeto também busca fazer um levantamento dos diversos patrimônios ligados a história da Mata Atlântica, principalmente os de cunho natural, como o Geoparque do Vulcão de Nova Iguaçu, o Parque Nacional de Itatiaia, os Sítios Arqueológicos e Paleontológicos e as instituições que abrigam esses acervos como o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o Museu de História Natural de Taubaté e o Museu de Ciências da Terra do Departamento Nacional da Produção Mineral. A origem da Mata Atlântica começa devido à separação entre os continentes América do Sul e África, momento em que a América do Sul fica isolada do resto do mundo e sua biota começa a sofre especiação. Primordialmente a flora foi se adaptando a nova geografia costeira de serras, o que posteriormente resultou no surgimento das vegetações de restinga. O entendimento e aprofundamento destes processos são um forte mecanismo de aproximação das pessoas com o meio ambiente, pois elas passam a entender que aquelas árvores e animais, que muitas vezes estão ao lado de suas casas são um produto de milhões de anos e que eles estão ali bem antes da chegada do homem a esse território, o que constrói uma relação de respeito e aproximação. O projeto ainda encontra-se em fase inicial, tendo sido concluídas pesquisas das bacias sedimentares de Taubaté (Oligoceno) e de São José de Itaboraí (Paleoceno) e estando em andamento o levantamento de dados da Bacia de Fonseca (Eoceno), mas apesar disso, pretende-se até janeiro de 2010, apresentar a primeira proposta de material educativo do projeto, que é um livro para que professores se aprofundem no tema e trabalhem essas questões em sala de aula.
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